Campanha pedirá redução do consumo de energia – Estado de São Paulo

Comentário: Só mesmo no Brasil uma notícia como essa não evidencia que a agência reguladora de energia elétrica não tem a independência que deveria ter. Sem estabelecer nenhum critério, “determina” às distribuidoras “peças de publicidade” pedindo economia.

Ora, se a ANEEL aprovou o sistema de bandeiras tarifárias e, recentemente, ainda aumentou em 83% esse preço, no mínimo considera os consumidores verdadeiros idiotas, pois o dinheiro sai do bolso deles.

Claro que as bandeiras foram criadas para “dar um jeito” na barbeiragem do governo ao não realizar os leilões em 2013. Em países que respeitam instituições essa trapalhada daria em responsabilização. Aqui, fica por isso mesmo.

Como piada, a palavra racionamento está proibida.


 

Os absurdos pululam efervescentes no Brasil. Esse á apenas mais um.

Anne Warth – O Estado De S. Paulo

Trechos Da Reportagem:

Aneel determinou às distribuidoras que promovam peças de publicidade pelo uso racional de eletricidade, para veiculação em rádio e TV durante 30 dias

BRASÍLIA – O governo vai começar uma campanha publicitária pela redução do consumo de energia em 1.º de março. A propaganda será veiculada por 30 dias em cadeia nacional de rádio e TV. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou às distribuidoras um resumo do que quer. A ideia é fazer uma campanha pelo uso racional de energia. Termos como racionamento e crise estão terminantemente proibidos no anúncio.

O problema é que os consumidores residenciais, principais alvos da campanha, usam apenas 40% de toda a energia do País. Se todas as residências poupassem 10%, a economia global seria de 4% da carga total, atualmente de 70 mil MW médios.

A Aneel não estabeleceu que tipo de medidas devem ser veiculadas. O órgão regulador quer que essas ações sejam elaboradas e exploradas pelos publicitários. As distribuidoras não vão aparecer claramente na campanha, já que algumas delas, como Light e Cemig, estão com propagandas próprias em favor da redução do consumo.

Para as distribuidoras, a campanha começará muito tarde e já deveria ter sido adotada no ano passado. Apesar do aumento das chuvas, os reservatórios das hidrelétricas estão se recuperando muito lentamente.

 

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