Conta de luz vai ficar quase 20% mais barata em cidades do Estado de São Paulo – Estadão

Análise do ILUMINA: Redução de tarifa de energia elétrica é sempre uma boa notícia, ainda mais num país cujo histórico de tarifas residenciais médias é o do gráfico abaixo. (Dados anteriores a 2003 não estão disponíveis na página da ANEEL e, apesar de já terem sido solicitados pelo ILUMINA usando a lei A Lei nº 12.527/2011 do direito à informação, não houve resposta).

Como o Ilumina têm criticado a gestão do setor, talvez alguns pensem:

– Estão vendo! Viu como o Ilumina estava errado?

Basta ler a reportagem para perceber que essa redução não vem de aumento de eficiência ou da melhoria do ambiente de competição. Também não se trata de outro caso de imposição de tarifas irrisórias como aconteceu em 2013 na Eletrobras. Trata-se apenas de redução do valor do US$ por conta do peso de Itaipu e redução dos subsídios incluídos na conta e que nada tem a ver com custos da produção de energia. Assim, como caiu, pode subir novamente.

O ILUMINA afirma que hoje, não há razões estruturais para redução tarifária a não ser a do tipo “destruidora” de valor que ocorreu na MP 579.


 

Anne Warth, Márcia De Chiara,

 

A conta de luz de consumidores do litoral e do interior de São Paulo e de todo o Estado de Goiás vai cair no fim desta semana. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 18, uma redução nas tarifas das distribuidoras CPFL Piratininga e Bandeirante Energia, que abastecem 55 municípios paulistas, e da goiana Celg. Segundo o diretor-geral da agência, Romeu Rufino, essa queda é uma tendência que deve continuar nos próximos reajustes, principalmente para as empresas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

No caso da CPFL, as quedas são de 30,22% para o consumidor industrial e de 19,47% para o residencial. Na Bandeirante, as tarifas cairão 28,64% e 19,52%, respectivamente. Na Celg, de 10,77% e 8,83%.

De acordo com o economista Luiz Castelli, da GO Associados, o corte nas tarifas de energia, principalmente nas distribuidoras paulistas, deve ter impacto direto na inflação e é mais um fator a ser levado em conta na balança do corte da taxa de juros pelo Banco Central. Como São Paulo responde por cerca de um terço do IPCA, e a energia elétrica tem peso de 3,5% no índice, o economista projeta que o impacto dessa redução pode chegar a 0,23 ponto porcentual na inflação. “Com isso, é possível que a inflação do ano fique abaixo de 7%”, diz.

Itaipu.

Um dos principais motivos que explicam a redução da energia é o custo da energia de Itaipu. A tarifa da hidrelétrica caiu 32% em relação ao ano passado, em dólar. Somado a isso, a moeda americana também sofreu desvalorização em relação ao real na comparação com 2015, o que também influencia o preço. De acordo com Rufino, esse efeito está mais forte no segundo semestre. Entre as empresas que vão passar por reajuste até o fim do ano estão as distribuidoras CEEE, no Rio Grande do Sul, e a Light, no Rio.

Outro fator que contribuiu para os reajustes negativos é o volume de subsídios pagos por meio da conta de luz, como os gastos com o Luz para Todos e a Tarifa Social da Baixa Renda. Embora o custo dos programas sociais tenha atingido quase R$ 13 bilhões neste ano, ele ficou 31,5% menor que o de 2015.

Os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são os maiores beneficiários, pois a usina de Itaipu não fornece energia para o Norte e o Nordeste. Além disso, cerca de 80% do total dos subsídios são pagos pelos clientes do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Apesar disso as contas da CEB, que atende o Distrito Federal, terão alta de 4,62% para as indústrias e de 1,04% para as residências. Uma das explicações da Aneel é que a empresa fez investimentos elevados, item que aumenta a tarifa de energia.

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