CVM irá julgar união por abuso na Eletrobras – Valor

Comentário:

  1. O Ilumina não “copiou” a notícia do Valor. A imagem foi recebida por e-mail. O link do jornal é http://www.valor.com.br/empresas/4033706/cvm-vai-julgar-uniao-por-voto-abusivo-na-eletrobras-em-2012
  2. A notícia não causa nenhum espanto e, provavelmente, não causará nenhum efeito concreto. Como já mostramos dezenas de vezes, o método usado para definir os valores de O&M das usinas e linhas, além de ser uma simplificação inaceitável, contem erro grave nas fórmulas. Apesar disso, foi aceita pela direção das empresas do grupo.
  3. Quem quiser checar, acesse a Nota Técnica no 385/2012-SER/SRG/ANEEL. Lá poderão verificar que o valor de O&M de uma usina independe do tipo de turbina, gerador, nível de automação, idade, restrições operacionais e, nada de condições ambientais. Segundo a ANEEL o custo pode ser definido apenas com a Capacidade Instalada e o “Fator de Potência” (sic), que, na realidade, é o Fator de Capacidade, relação entre a “Garantia Física” e a Capacidade Instalada.
  4. Com todos esses erros e simplificações grosseiras, a tarifa média das usinas da Eletrobrás atingidas pela MP 579 se reduziu em 92%! A preços de 2013 valiam apenas R$ 7,67/MWh.
  5. O ILUMINA desafia qualquer autoridade do governo em mostrar algum outro exemplo onde uma usina hidrelétrica venda energia a US$ 2,5/MWh.
  6. Os efeitos já foram relatados pelo TCU Ver relatório TC 011.223/2014-6 de junho de 2014 onde, há quase um ano, já estavam registrados prejuízos de R$ 792 milhões.
  7. A empresa Furnas já registrou em balanço R$ 970 milhões como “provisão para contrato oneroso”, total relacionado a usinas e sistema de transmissão atingidos pela MP 579 (Nota 27 – pag. 25).

Portanto, apesar de datada de 05/05, a notícia é velha e inócua. Como se pode ler na reportagem, nada acontecerá. O que é grave é que se percebe que a complacência que atinge a maioria da população brasileira, nesse caso, é institucionalizada.

 

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