Discurso do Chairman da TVA – Craven Crowell – Um exemplo para os homens “públicos” brasileiros

O Agência Federal do vale do Rio Tennessee foi fundada nos tempos do “new deal”, em 1933. Aqui neste “site”, um recente discurso do Presidente do TVA. Nele e na página eletrônica da TVA­ com fartura de informações e conceitos – você encontrará material para reflexão sobre o que poderia ter sido – e não foram – as empresas PÚBLICAS federais no Brasil e no que poderão tornar-se, começando por Furnas. Mesmo num ambiente de competição! No final de março de 2000, encontrarão nessa página eletrônica uma comparação do passado do TVA e Furnas e do futuro ainda mais PÚBLICO sonhado para Furnas em comparação com o TVA.

Leia o discurso e veja se não dá vontade de convidá-lo para o conselho consultivo do ILUMINA.


The Role of Public Power (Original)


Quem quiser conferir: http://www.tva.gov/finance/info/ppt/chc_0399/ai_chc05.htm

Let me turn now to a subject that will increasingly dominate discussions about the power industry, both in Congress and, I’m sure, on Wall Street–deregulation.


Specifically, I’d like to talk for a minute about the role of public power in a deregulated industry, and what’s going on on the legislative front.


Deregulation should, if it works right, lower energy prices for American consumers, and for American industry. In fact, the U.S. government, in a Comprehensive Electricity Competition Plan published by the Administration last year, calculates that retail choice deregulation will cut electricity costs by about ten percent, or about $100 dollars per year for a family of four.


At TVA, we’re all for reducing prices–as you can see, the Tennessee Valley already enjoys some of the lowest energy prices in the nation. And, again, as a public utility, we’re in favor of cutting energy costs for the American people.


Deregulation probably wonít lower the electric costs for “all” Americans, but, even if deregulation succeeds in lowering electricity costs for many Americans, there are still questions about the overall benefits of deregulation to the public. Why? Because lower energy costs are not the sole measure of the public good.


At TVA, we try to never lose sight of our top priority: serving the people. And if there’s a way to do that better, or more efficiently, we’re for it. After all, providing reliable power at the lowest price possible has been TVA’s mission for the past 65 years.


The nation will need public utilities more than ever in the next decade and we think public utilities like TVA have a special contribution to make in the deregulated marketplace of the future. In a nutshell: we believe we can set a standard for public service that will help ensure that deregulation does, in the end, serve the public good.


The key to measuring the success of deregulation is, and will be, of course, the degree to which regulatory change benefits the public. But how will this benefit be measured? And what should we look out for?


I would suggest that one of the greatest services public utilities can provide in a deregulated marketplace is vision, especially in the context of the public interest.


Let me give you an example of why vision is important. A strong economy in North America is causing demand for energy to grow faster than projected–the actual growth rate over the last few years is 70 percent higher than current projections! But unfortunately, generation and transmission capacity additions are not keeping pace.


Next summer, if we’re unlucky — and let’s hope we’re not — we could find ourselves seriously short of power in one or more major American cities. We had some shortages scattered across the U.S. last summer, and we could find ourselves in even worse shape in years to come.


Today’s reality is that in areas where deregulation has occurred and market forces are driving decisions, capacity is not being added until frequent power interruptions begin to occur and prices become exorbitant. Unfortunately, it takes a few years to bring a new generating plant into service and serious shortages are possible in the interim.


This could cause serious problems. Operating reserve margins are expected to fall dangerously short in the U.S. over the next decade. Complicating matters, few bulk transmission additions are planned in the next ten years, which will make it increasingly difficult to deliver purchased power. The bottom line is that the electricity needed to fuel continued economic growth in the U.S. may fall seriously short of the nation’s requirements.


Now, private utilities know that the American economy is increasingly dependent on electrical power — just as TVA does — but their bottom-line calculations usually don’t allow for the development of a whole lot of new capacity just because we might, in a heat wave, find ourselves running short. Right now, construction of another nuclear plant or coal-fired facility might not produce the return on investment their shareholders demand. Surplus capacity is unsold inventory. It’s “inefficient.”


At TVA, of course, we don’t have shareholders demanding that they get a high return on their investment. We have the public. So, while TVA doesn’t build facilities for power production greater than the requirements of our service area, we do operate with a reasonable margin to avoid a power shortage to our customers. At TVA, we see it as our public responsibility to continue to provide a reliable power supply to meet the Valley’s growth demands.


Public utilities, which serve the interests of the people — not just corporate shareholders — will provide a benchmark by which the performance of all power companies will be measured. They will help to define “the public good” as it applies to energy production and distribution. And for this reason alone, they deserve their place in the deregulated marketplace of the next century.


Deregulating electric utilities should lower energy costs for our citizens and our industries and it’s our responsibility to work together — public utilities and independent providers, industry executives and political leaders — to achieve this goal.



O papel da energia pública (tradução)


Deixem me tocar em um assunto que irá cada vez mais dominar as discussões sobre a indústria de energia elétrica, tanto no congresso e tenho certeza em Wall Street: Desregulamentação


Específicamente, gostaria de falar um pouco sobre o papel da energia pública em uma indústria desregulamentada e o que está acontecendo no front legislativo.


A desregulamentação deve, se operar certo, baixar o preço da energia para os consumidores Americanos e para a Indústria Americana. De fato, o govêrno em seu Plano Amplo de Competição Elétrica publicado ano passado, calcula que a desregulamentação irá cortar os custos energéticos em 10% ou US$ 100 para cada família de 4 pessoas por ano.


Na TVA, somos todos favoráveis à redução de preços, como vocês podem ver a empresa já ostenta um dos menores preços de energia da nação. E mais uma vez,como empresa pública, somos favoráveis a cortar custos energéticos para o povo Americano.


Desregulamentação provávelmente não irá abaixar os custos para “todos” os Americanos, mas mesmo que ela suceda em reduzi-los para alguns, ainda existem questões sobre os benefícios totais da Desregulamentação para o público. Porque? Porque custos mais baixos não são a única medida de um bem público.


Na TVA, nós tentamos nunca perder de vista nossa priridade numero 1 : Servir ao público..E se existe uma maneira de faze-lo melhor ou mais eficientemente nós estamos nela. Afinal prover energia confiável no menor preço tem sido a missão da TVA por 65 anos.


A nação irá precisar de empresas públicas mais do que nuncana próxima década e pensamos que empresas como a TVA tem uma contribuição especial a fazer no mercado desregulado do futuro. Para ser breve, nós acreditamos poder representar um padrão que irá ajudar a garantir a que a desregulamentação sirva ao bem público.


A chave para medir o sucesso da desregulamentação é e será o grau até onde as mudanças beneficiam o público. Mas como este benefício pode ser medido? O que estamos procurando?


Eu sugeriria que um dos maiores serviços públicos que empresas podem prover é visão. Especialmente no contexto de interesses públicos.


Deixem me dar exemplos da importancia da visão. Uma economia forte como a nossa está provocando crescimento da demanda maiores do que o previsto. – a taxa real nos últimos anos está 70% maior do que as projeções vigentes. Mas infelizmente investimentos em geração e transmissão não estão ocorrendo.


No próximo verão se formos azarados – esperamos que não – podemos nos encontrar em situações de falta de energia sérias nas maiores cidades americanas. Tivemos alguns desabastecimentos espalhados pelo País no verão passado e podemos nos ver em situação pior nos anos vindouros.


A realidade hoje é que em áreas onde a desregulamentação ocorreu e onde forças de mercado estão comandando as decisões, não está havendo adição de capacidade, e este quadro só irá mudar quando interrupções freqüentes comecem a ocorrer e os preços se tornarem exorbitantes. Infelizmente, leva-se alguns anos para colocar em serviço uma nova unidade geradora e déficits sérios podem ocorrer nesse interim..


Isso pode causar graves problemas. Está previsto uma queda perigosa da margem de reserva operativa nos USA nas próximas décadas. Complicando ainda mais a questão, poucas adições de transmissão em grosso estão sendo planejadas na próxima década o que faz crescentemente difícil a entrega da energia comprada. O ponto final é que a eletricidade necessária como combustível para o crescimento economico nos Estados Unidos poderá ficar seriamente abaixo dos requisitos da nação.


Agora, as empresas privadas sabem que a economia Americana está crescentemente dependente de energia elétrica – assim como a TVA -mas seus cálculos finais, freqüentemente não permitem o desenvolvimento de novas capacidades apenas porque podemos, numa onda de calor, ficar sem energia. Agora, a construção de uma nova unidade nuclear ou a carvão poderá não produzir o retorno de investimento que seus acionistas desejam. Capacidade extra é estoque não vendido. É “ineficiente”.


Na TVA, não temos acionistas exigindo que tenham uma alta taxa de retorno de seus investimentos. Temos o público! Portanto, enquanto a TVA não constroi unidades de produção maior do que os exigidos em nossa área, operamos com uma razoável margem para evitar desabastecimentos para nossos consumidores. Na TVA vemos como nossa responsabilidade pública continuar a fornecer energia confiável para o crescimento do Vale do Tenesse.


Empresas públicas, que servem ao interesse do povo – não somente o interesse de acionistas – irão prover um padrão pelo qual a performance de todas as empresas de energia serão medidas. Elas ajudarão a definir o “bem público” no que concerne a produção transmissão e distribuição de energia. E, por essa razão apenas elas merecem seu lugar no mercado desregulado do próximo século.


Desregulamentar Companias elétricas deveria reduzir os custos energéticos de nossos cidadãos e indústrias e é nossa responsabilidade trabalhar junto – empresas públicas, produtores independentes, execurtivos da indústria e líderes políticos – para atingir essa meta.

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