Acionamento das usinas térmicas deixa contas de energia mais caras – G1

Análise do ILUMINA: Olha aí São Pedro. A culpa vai ser sua outra vez!

Como é fácil ter um “bode expiatório” que fica quieto.

  • Nenhuma palavra sobre a gestão de um sistema de reserva (água guardada que passada nas turbinas vira kWh) que equivale a cinco meses de consumo do sistema interligado. Alguma coisa como 220 TWh = 220.000.000.000 kWh! Será que a gestão está sendo eficiente?
  • Nenhuma palavra sobre o fato de que o Rio São Francisco parece estar secando!

Seria alguma implicância de São Pedro com São Francisco?

  • Nenhuma palavra sobre o fato de estarmos nessa situação mesmo com a carga estagnada a níveis de 2014! Quer dizer que, se não fosse a recessão recorde estaríamos em racionamento?

  • O que é mais ridículo é dizer que essa sobretaxa, que todos têm que pagar, é “um sinal de preço”. Ora, não há substituto para a energia elétrica, a não ser que se esteja considerando o uso de velas! Seja você um perdulário ou um consumidor sem dinheiro para pagar suas contas, o “castigo” por kWh é o mesmo! Ao contrário do que diz o entrevistado, o impacto é o mesmo!
  • Pior! O “marketing” da conta por 100 kWh é um disfarce. A bandeira vermelha é um “castigo” de mais de 20% sobre a energia consumida.
  • E aí São Pedro? Vai ficar calado igual ao consumidor brasileiro???

A preocupação com o nível de água reservatórios brasileiros está de volta. De um ano pra cá, a situação piorou e o acionamento das usinas térmicas para garantir o fornecimento de energia faz todo mundo receber uma conta de luz mais cara.

Em um país onde a principal fonte de energia é a água, pouca chuva é sinal de alerta. O nível dos reservatórios vem diminuindo desde 2016.

Nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, o estoque de água acumulada nas hidrelétricas caiu de 57% para 41%. No Nordeste, de 34% para 21%. A queda foi ainda maior na Região Sul: de 97% para 46%. Só na Região Norte teve aumento. Para complicar a situação, a previsão é de chuva abaixo da média nos próximos meses.

Preocupado com os níveis dos reservatórios, o Operador Nacional do Sistema Elétrico recomendou que as usinas térmicas fossem ligadas. Mais caras e poluentes, as usinas que queimam carvão, óleo e gás já estão funcionando. Isso significa que as próximas contas de luz podem vir mais caras. Hoje, quase metade das térmicas convencionais está ligada e esse percentual vai aumentar até o final de 2017.

“Esse despacho maior de térmica deverá acontecer até novembro, que é quando inicia o novo período chuvoso. O que significa ir a 65%, 70% do nosso parque”, disse Luiz Eduardo Barata Ferreira, diretor-geral do ONS.

O diretor do ONS garante que não vai faltar energia.

“Nós não temos risco de desabastecimento, mas temos a percepção de que vamos ter um custo de operação mais caro”, afirmou.

A bandeirinha da conta de luz deve mudar de cor de novo.

“Como a situação é muito crítica, pior do que na crise de 2013, vai entrar a bandeira vermelha. Isso é muito importante para o consumidor porque dá para ele um sinal de preço para ele não gastar tanta energia elétrica e o impacto vai variar de acordo com o nível de consumo”, disse Nivalde de Castro, coord. Estudos Setor Elétrico/UFRJ.

Roberto, que com a bandeira amarela já depende da filha para pagar a conta, está mudando a rotina.

“Procurar desligar a luz, procurar passar a roupa quando você tem o máximo para passar, procurar lavar a roupa quando você tem o máximo para lavar. A gente procura economizar ao máximo, mas mesmo assim”, lamenta Roberto dos Santos, aposentado.

 

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