Eletrobras espera vender R$ 4,6 bilhões em participações – Estadão

Análise do ILUMINA: Se existem cidadãos brasileiros indignados com o volume de recursos do tesouro que foram destinados a isenções fiscais, subsídios e empréstimos do BNDES, podem se preparar porque essa indignação ainda não é suficiente. A profunda crise de equilíbrio financeiro e econômico do estado nacional foi disseminada por todas as atividades do estado, sejam ministérios, bancos públicos e empresas estatais.

Como temos afirmado, o papel da Eletrobras como um “BNDES extra” é significativo e DESCONHECIDO.

Como se não houvesse nenhuma dúvida sobre as “participações” das empresas do grupo Eletrobras, o atual presidente “espera” vende-las!

  • Ora, a primeira pergunta que surgiria num país que tem por princípio preservar o interesse público, seria procurar saber sobre a lógica dessa decisão?
  • A Eletrobras entrou como sócia minoritária em negócios que não valeram a pena?
  • Por que essa parceria foi necessária?
  • Nenhum dos investimentos vai dar lucro?
  • Que critérios foram usados para decidir por esses empreendimentos?
  • Como se deu a divisão de custos administrativos?
  • Quem são os membros dos conselhos dessas SPE’s?
  • Que conflitos de interesses há entre o papel de uma empresa pública e a atividade dos sócios dessas SPE’s

Exemplos do caso de Furnas:

Para ler mais sobre o que será escamoteado caso a venda seja feita sem os devidos esclarecimentos, leia:

http://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8182A14FCE2B69014FDCCCE0394E8F&inline=1

Aqueles que, ao lerem esse texto, entenderem que o Ilumina tem uma posição corporativa defendendo o interesse da Eletrobras, pensem duas vezes. A Eletrobras, como empresa estratégica nacional, com um histórico de grandes realizações, coordenadora de investimentos num sistema de dimensões continentais…essa já morreu. A questão já não é a Eletrobras! Trata-se de utilização de recursos públicos para reforçar a falsa ideologia de que temos um setor privado pujante o suficiente para resolver os problemas do país. O que está nesse post é apenas a ponta do Iceberg. Se não houver pressão da sociedade, os métodos usados nos últimos 20 anos serão enterrados sem que tenhamos ao menos aprendido com os erros.


 

Fernanda Nunes,

O Estado de S.Paulo

18 Novembro 2016

RIO – A Eletrobrás espera vender R$ 4,6 bilhões em participações em sociedades de propósito específico (SPE) em 2017, segundo o presidente da empresa Wilson Ferreira Júnior, que apresenta nesta sexta-feira 18, o Plano de Negócios para o período de 2017 a 2021 na sede da estatal, no centro do Rio de Janeiro. O potencial total de desinvestimento é de R$ 5,173 bilhões, estimativa que não inclui as distribuidoras.

Segundo o executivo, dos R$ 4,6 bilhões que serão vendidos das SPEs, R$ 2,4 bilhões serão de participações que serão assumidas das controladas pela controladora para pagar dívidas com a holding e serão oferecidas ao mercado em seguida. Os demais R$ 2,2 bilhões serão vendidos diretamente pelas controladas.

A ideia é aproveitar as melhores condições de venda e a hidrelétrica de Santo Antônio pode ser uma boa oportunidade, porque as suas controladoras – Andrade Gutierrez, Odebrecht e Cemig – buscam um sócio, segundo Ferreira Júnior. Furnas possui 39% de participação na hidrelétrica.

A visão do presidente da Eletrobrás é que, se fosse oferecer sozinha a sua parte em Santo Antonio ao mercado, a estatal conseguiria um valor menor do que neste cenário atual, em que é favorecida pela cláusula de tag along, porque o comprador tende a pagar um prêmio pelo controle da usina e favorecer os sócios minoritários nessa oferta.

Celg. O presidente da Eletrobrás destacou também o potencial de venda da distribuidora de energia de Goiás (Celg), que não está incluída na estimativa de arrecadação de R$ 5,173 bilhões com desinvestimento. O valor mínimo da venda é de R$ 913 milhões, mas o executivo disse esperar uma arrecadação melhor. Segundo ele, quatro empresas demonstraram interesse em concorrer pela Celg, que vai a leilão no fim deste mês.

Além da venda de ativos, a Eletrobrás quer economizar R$ 1,7 bilhão ao ano com mudanças na organização que devem garantir mais eficiência operacional à companhia. Parte desse ganho será com o Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI), que deve gerar economia de R$ 920 milhões por ano, disse. O número de empregados, excluindo distribuidoras, vai passar de 18,7 mil para 13,04 mil, com dois planos: para quem está em fase de aposentadoria e para os demais, que devem gerar desligamentos nos dois próximos anos. A ideia é ainda reestruturar a organização, reduzindo o número de funções gerenciais de 228 para 98.

 

  5 comentários para “Eletrobras espera vender R$ 4,6 bilhões em participações – Estadão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *